Educação
Professor de 26 anos utiliza jogos digitais como estratégia pedagógica para lecionar em Rondônia
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Transformar vidas é uma missão dada a um professor e o jovem Luís Henrique Araújo de Oliveira desempenha com primor esse propósito usando da tecnologia como uma ótima aliada. Com apenas 26 anos de idade, o servidor estadual carrega uma experiência de cinco anos na área da educação e há 11 meses no cargo de professor emergencial no Estado.
A fim de levar uma aula mais dinâmica aos seus alunos, Luís dispõe de um grande diferencial com uma nova tendência de ensino chamada de ‘Gamificação na Educação’, metodologia que utiliza conteúdos de jogos motivando alunos a aprender.
Docente da rede estadual, ele conduz a disciplina de Sociologia na escola João Bento da Costa, e disciplinas de História, Sociologia e Geografia na escola Presidente Tancredo de Almeida Neves. Além de filmes, vídeos, jogos de tabuleiros, Luiz tenta utilizar jogos virtuais, através do Kahoot, blog Ensinar História e um jogo bem popular chamado Age Of Empires II que enriquece conteúdos sobre idade média e idade moderna presentes em suas aulas.
Nascido em Porto Velho, o professor chegou a mudar para Joinville (SC), mas ao ser convocado para preencher os quadros emergenciais do Estado, retornou à Rondônia. Formado no ano de 2016, começou a se dedicar às aulas de imediato. Segundo ele, nem toda vida quis ser professor, logo ao sair do Ensino Médio, a área da saúde era sua primeira opção. Mas graças à influência de um amigo, começou a seguir pela caminho da Educação.
De acordo com educador, durante a graduação, ainda não tinha se encontrado na área e não sabia se de fato seguiria a carreira de professor, mas foi na metade do curso que começou atrair seu olhar para a carreira, no final, já tinha certeza do que queria.
“O desejo surgiu de poder transformar vidas. A educação é transformadora, é revolucionária e a gente percebe que só conseguimos nos tornar alguém melhor na vida, tanto no sentido financeiro como ser humano, a partir da educação. Desejo compartilhar meu conhecimento e transformar a vida das pessoas”, salienta.
Ao mencionar o seu primeiro dia de aula, Luiz relata que no primeiro momento ficou intimidado em ser confundido com aluno e relata que começou a lecionar aulas para pessoas com idade mais avançada que a dele. “Muitas vezes, eu chegava na sala e sentava e as pessoas pensavam era aluno, então quando eu me levantava e me apresentava, todos ficavam surpresos por eu ser jovem. Após isso, já começavam a me chamar pelo tratamento de senhor. Até os dias atuais acontece”, ri e afirma que os próprios gestores já o confundiram também.
Atualmente, lecionando para jovens, Luís comenta que dar aulas para alunos de faixa etária próximo da dele é satisfatório, uma vez que saber lidar com a linguagem, conhecer o cotidiano, vivenciar as mesmas questões sociais, bem como ter conhecimento de novas tecnologias e jogos do momento contribui no relacionamento. O professor comenta que alunos findam por se identificar muito com sua personalidade e destaca que saber desse mundo novo que são os meios tecnológicos é um saldo positivo para sua atuação.
Relembrando a época que dava aula para pré-vestibular, um fato marcante para Luiz foi ver vários alunos presentes, no ano seguinte estarem na universidade, destacando ser um reflexo do estudo e que de certa forma pôde contribuir para o triunfo dos estudantes. Sobretudo, no início da carreira, ele também pôde trabalhar com professores que o deram aulas no Ensino Médio. “Estar lado a lado dos meus professores, foi um momento marcante para mim”.
Ao falar sobre sua adaptação durante a pandemia, ele relata que muitos professores tiveram que se reinventar, mas como já tinha acesso a meios tecnológicos e tinha se preparado anteriormente, sem ter previsto, não teve dificuldade. Luiz antes da pandemia, tinha investido em hobbies para fazer lives de games, então já tinha conhecimento e equipamentos necessários para dar aulas à distância. “Eu pude trabalhar de forma satisfatória através das plataformas com aulas de boa qualidade, então foi uma coincidência que acabou me favorecendo nesse sentido”, comenta.
Quando ainda era aluno e não professor, sua visão sobre a educação era aquela mesma rotina de sempre, copiar no caderno e responder as atividades. Mas hoje ele percebe que o ensino pode ir muito além disso, isto porque a tecnologia possibilita muitas ferramentas para aprendizagem, por isso ele tenta adequá-las às suas aulas com intuito de torná-las mais atrativas.
Atualmente, muitos alunos não sonham mais em serem professores. Mas, aproveitando a data comemorativa, Luiz destaca que ser professor é prazeroso e possui incontáveis pontos positivos. “Receber carinhos dos alunos, ter o hábito constante de estudo e contribuir para um melhor desempenho da sociedade são alguns dos benefícios da profissão, ser professor gera uma satisfação pessoal e é importante para o processo educacional dos jovens. Parafraseando Paulo Freire ‘se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda’”, conclui, destacando a importância da educação para desenvolvimento da nação.
Fonte: Secom – Governo de Rondônia